terça-feira, 4 de setembro de 2012

Sombra

Queria um lugar
à sombra fresca,
sem luzes da ribalta
ou holofotes,
um pequeno banco
longe das objectivas.
Um lugar
em cima da árvore,
sem janelas e portadas,
sem vidraças ou moradas,
um galho de madeira
onde me possa deitar.
Um lugar
na sombra escura,
sem penas e remorsos,
sem anjos e deuses,
um cantinho seguro,
um refúgio do eu.

Marco Dias

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