no centro das pedras;
toda a sonoridade
do outro lado do mundo;
a partitura vazia da dança
solitária das crianças.
O baloiçar de uma
brisa amena, um andar nocturno.
A língua anestesiada,
sem expressão;
um esperanto por dizer
na única pergunta:
onde está o meu silêncio?
Descubro o mapa do labirinto
que me conduz ao lugar
escondido e fechado
da minha intenção
em forma de reticências.
Encosto os dentes às palavras
que magoam como pregos,
mastigo as pétalas negras;
misturo as pestanas
que crescem nos olhos
como teias de aranha;
deixo de ouvir
e penso silenciosamente
na provada insanidade
deste mundo onde vivo.
Já ouvi demais por ora!
Só quero dormir,
sentir o meu silêncio
um branco acinzentado
com textura de algodão
Marco Dias
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